O exame de detecção da síndrome de X Frágil é realizado através da análise de mutação ou pré-mutação no gene FMR1 (Fragile X Mental Retardation 1) presente no braço longo do cromossomo X, sendo determinado pelo aumento do número de repetições de trinucleotídeos (CGG). É de caráter dominante, basta que um dos pais seja portador da pré-mutação para que a criança receba uma cópia do gene defeituoso.
A síndrome é causada por mutações no gene FRM1, presentes numa falha, que recebeu o nome de sítio frágil, localizada na extremidade do braço longo do cromossomo X. A alteração faz com que esse gene deixe de codificar, em níveis adequados, a proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation Protein) essencial para o desenvolvimento das conexões entre as células nervosas e a maturação das sinapses. A mutação é resultado de um defeito no mecanismo que regula a produção de cópias de moléculas de DNA idênticas a si mesmas.
Só para lembrar, DNA ou ADN são siglas equivalentes do ácido desoxirribonucleico, uma espécie de código genético que determina as características de cada célula. Esse “erro” leva à repetição instável do segmento de três nucleotídeos – Citosina, Guanina, Guanina (CGG) – construtores do ácido nucleico, quantidade que pode crescer a cada geração, especialmente quando a mulher é portadora de uma pré mutação.
É considerado normal o gene FMR1 que contém de 6 a 54 repetições dos blocos CGG. A ocorrência de 55 a 200 repetições indica que a pessoa é portadora de pré-mutação do gene, que permanece ativo e com produção da proteína mantida em nível suficiente para que os neurônios se desenvolvam sem problemas, embora algumas características clínicas já possam estar instaladas. Considera-se a mutação completa, quando são identificadas mais de 200 repetições da sequência CGG do DNA, número que pode chegar a milhares.
Para muitos portadores da mutação, a síndrome do X Frágil é assintomática. Quando os sinais aparecem, podem variar de intensidade de acordo com o número maior ou menor de repetições das bases CGG e a faixa de idade dos pacientes. Os mais característicos são distúrbios de comportamento e comprometimento intelectual que pode apresentar-se em diferentes graus, desde leve dificuldade de aprendizagem ou de fala até retardo mental grave.
Entretanto, algumas características físicas podem sugerir a presença da síndrome desde o nascimento. É o caso da macrocefalia e do baixo tônus muscular. Existem, ainda, outros sinais sutis da síndrome que se tornam mais evidentes com o crescimento. São eles: face alongada, orelhas grandes e em abano, mandíbula proeminente, céu da boca muito alto e arqueado, estrabismo e miopia, hiperextensão articular, peito escavado, prolapso da válvula mitral, otites recorrentes e, em 20% dos casos, convulsões.
A partir da adolescência, os homens podem apresentar macroorquidia, ou seja, um aumento anormal do volume dos testículos. Mais velhos, aumenta o risco de perda de coordenação motora e tremores. Já as mulheres estão mais sujeitas a desenvolver problemas de fertilidade, insuficiência ovariana e menopausa precoce. Hiperatividade, déficit de atenção, ansiedade, irritabilidade, explosões emocionais, timidez excessiva são características clínicas marcantes do comportamento dos portadores da SXF.
Particularmente os meninos podem apresentar traços que remetem ao espectro do autismo, como dificuldade de relacionamento social e de manter contato visual ou físico com as pessoas ou, então, o hábito de repetir gestos estereotipados. Por exemplo, quando nervosos ou emocionalmente instáveis, agitam ou mordem as próprias mãos. Nas meninas, os sintomas variam bastante na forma e na intensidade. No geral, elas estão mais sujeitas a desenvolver problemas emocionais e correm risco maior de apresentar depressão na vida adulta.
Diagnóstico
São consideradas portadoras da síndrome do X Frágil as pessoas que apresentam mutação completa do gene FRM1. A avaliação clínica baseada em possíveis sinais do transtorno não é suficiente para fechar o diagnóstico, porque sintomas semelhantes podem ocorrer em diferentes quadros clínicos. O melhor método para realizar o diagnóstico da Síndrome do X Frágil é a análise do DNA. Esse teste genético é útil para identificar os portadores de pré-mutação ou da mutação completa.
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