Painel Síndrome de Marfan e Aneurisma Torácicoaórtico

Objetivo do Painel

A síndrome de Marfan (SMF) é uma desordem congênita do tecido conectivo, autossômica dominante, e caracterizada por manifestações envolvendo primariamente os sistemas ocular, musculoesquelético e cardiovascular. O deslocamento da lente ocular, observado em cerca de 60% dos pacientes, é uma das características mais marcantes. Entres as manifestações musculoesqueléticas, destacamse o crescimento ósseo excessivo, com extremidades disproporcionalmente longas em relação ao tronco, e supercrescimento das costelas, culminando com pectus excavatum ou pectus carinatum. A escoliose é comum e pode ser leve ou grave e progressiva. As principais fontes de morbidade e mortalidade precoce na síndrome de Marfan referemse ao sistema cardiovascular, com manifestações que incluem a dilatação da aorta e predisposição à dissecção de aorta.
A SMF clássica (tipo 1) é uma condição associada a deficiência de uma proteína de matrix extracelular estrutural, a fibrilina1, em decorrência de mutações no gene da fibrilina1 (FBN1). Pacientes com quadro clínico compatível com SMF e variantes nos genes TGFBR1 e TGFBR2 apresentam a SMF tipo 2, referida como síndrome de LoeysDietz. Essa condição se caracteriza por tortuosidade aórtica/arterial rapidamente progressiva e doença aneurismática que resulta em rupturas com idade mais jovem e com dimensões em geral menores; hipertelorismo e uvula bífida e fenda platina.
A sensibilidade do teste genético molecular para mutações no FBN1 é elevada, embora seja incompleta por razões ainda não esclarecidas. Aproximadamente 75% dos indivíduos com Marfan apresentam um dos pais afetados; cerca de 25% apresentam uma variante patogênica de novo. Ainda que a presença de uma variante patogênica no gene FBN1 esteja associada à SMF, o diagnóstico dessa condição depende da documentação de achados clínicos significativos. O teste genético pode ser usado para a confirmação diagnóstica nesses pacientes, e principalmente para o rastreamento de familiares de casoíndice com mutação identificada.
O acompanhamento e tratamento da SMF deve ser multidisciplinar, com exames e avaliações periódicas de vários especialistas, incluindo cardiologistas, oftalmologistas e ortopedistas. Além de genes relacionados à síndrome de Marfan e síndrome de Loeys-Dietz, o painel inclui também genes relacionados a outros diagnósticos diferenciais associados a aortopatias.

Método

Sequenciamento completo (NGS sequenciamento de nova geração) de todas as regiões codificantes e regiões flanqueadoras adjacentes aos éxons de 44 genes relacionados à Síndrome de Marfan e Aneurisma torácico aórtico: ACTA2, ADAMTS2, ATP7A, B3GALT6, B3GAT3, B4GALT7, CBS, CHST14, COL12A1, COL1A1, COL1A2, COL3A1, COL5A1, COL5A2, DSE, EFEMP2, ELN, FBLN5, FBN1, FBN2, FKBP14, FLNA, GORAB, LOX, LTBP4, MED12, MYH11, MYLK, NOTCH1, PLOD1, PRDM5, PRKG1, PYCR1, RIN2, SKI, SLC2A10, SLC39A13, SMAD3, SMAD4, TGFB2, TGFB3, TGFBR1, TGFBR2, ZNF469. Este ensaio permite a identificação de variantes de nucleotídeo único (SNVs), pequenas inserções e deleções (INDELS), bem como variações no número de cópias (CNVs) que compreendam três ou mais éxons dos genes estudados e NÃO inclui análise por MLPA. É realizada análise criteriosa em busca de variantes genéticas patogênicas/provavelmente patogênicas. Variantes benignas/provavelmente benignas não serão reportadas.

Faça o download do pdf com informações detalhadas do painel e do exame.

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